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Canabizetol (CBGD): o novo canabinoide promissor descoberto na Cannabis sativa

A pesquisa científica sobre a Cannabis medicinal segue revelando compostos inéditos com grande potencial terapêutico. Recentemente, pesquisadores identificaram um novo canabinoide natural: o Canabizetol (CBGD), um achado que amplia ainda mais o conhecimento sobre a complexa composição química da planta.

O que é o Canabizetol (CBGD)?

canabizetol imagem molecuca

O Canabizetol (CBGD) é o terceiro membro conhecido da rara classe dos canabinoides diméricos com pontes de metileno, um grupo de moléculas caracterizado por estruturas químicas complexas e ainda pouco estudadas.

Esse composto foi identificado inicialmente em extratos naturais da Cannabis sativa. Para confirmar sua autenticidade, os cientistas realizaram a síntese química do CBGD em laboratório e compararam o resultado com a amostra natural, comprovando que se tratava realmente de uma nova molécula existente na planta.

Essa confirmação representa um marco importante na caracterização dos fitocanabinoides, ampliando as fronteiras do conhecimento científico sobre os compostos bioativos da Cannabis.

Potencial antioxidante e anti-inflamatório do CBGD

Além da descoberta estrutural, os pesquisadores observaram que o Canabizetol apresenta grande potencial antioxidante e anti-inflamatória na pele, superando inclusive os efeitos do Canabivinol (CBDD), outro canabinoide dimérico já conhecido.

Essas propriedades tornam o CBGD um candidato promissor para o desenvolvimento de terapias dermatológicas, especialmente no tratamento de inflamações cutâneas, envelhecimento da pele e outras condições relacionadas ao estresse oxidativo.

Produção em fluxo contínuo e avanços laboratoriais

Para facilitar o estudo e o acesso a esse novo composto, o grupo de pesquisa desenvolveu uma estratégia sintética em fluxo contínuo, um método moderno que permite:

  • Maior controle do processo químico;
  • Redução do tempo de produção;
  • Síntese mais eficiente e escalável.

Essa inovação abre caminho para testes clínicos e farmacológicos em maior escala, tornando o CBGD mais acessível para novas pesquisas.

O que essa descoberta representa para a medicina canabinoide?

A identificação do Canabizetol (CBGD) reforça a diversidade química da Cannabis sativa e seu potencial terapêutico ainda em expansão.
O composto se destaca não apenas por sua estrutura inédita, mas também por seu perfil bioativo relevante, principalmente em aplicações dermatológicas e antioxidantes.

À medida que a ciência avança, novas moléculas como o CBGD podem ampliar as possibilidades da terapia com fitocanabinoides, oferecendo alternativas seguras, satisfatórias e cientificamente embasadas.

Referência científica:
Luca Pozzi, Andrea Gotti, et al. Cannabizetol, a Novel Cannabinoid: Chemical Synthesis, Anti-inflammatory Activity and Extraction from Cannabis sativa L. Journal of Natural Products. 2025.


Link para o estudo

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Autismo e disfunções endocanabinoides: relações com inflamação e exposição a analgésicos

O que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por déficits persistentes na comunicação e na interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.
Embora sua origem seja multifatorial e ainda não totalmente compreendida, estudos recentes vêm destacando o papel da inflamação e do Sistema endocanabinoide (SEC) na fisiopatologia do TEA.

O papel do sistema endocanabinoide no TEA

O Sistema Endocanabinoide (SEC) é uma rede complexa de sinalização lipídica composta por:

  • Endocanabinoides como a anandamida (AEA) e o 2-araquidonoilglicerol (2-AG).
  • Receptores acoplados à proteína G (CB1 e CB2).
  • Enzimas que regulam a síntese e degradação desses ligantes.

Alterações no SEC já foram relatadas tanto no sistema nervoso central quanto no sistema imunológico de indivíduos com TEA. Pesquisas mostram que crianças com TEA apresentam redução nos níveis circulantes de endocanabinoides, o que sugere um baixo tônus do sistema e um possível desequilíbrio na regulação neuromodulatória e imunológica.

A relação entre paracetamol e risco de TEA

Outro ponto de interesse científico é a associação entre o uso de paracetamol e o aumento do risco de desenvolvimento do TEA.
Esse medicamento exerce parte de seus efeitos analgésicos por meio da modulação do SEC. Isso levanta a hipótese de que a administração de paracetamol em fases críticas do desenvolvimento neurológico possa interferir na sinalização endocanabinoide, favorecendo alterações neurocomportamentais futuras.

Perspectivas para novas abordagens terapêuticas

Compreender melhor as interações entre processos inflamatórios, sistema endocanabinoide e exposição precoce a fármacos é essencial para desvendar os mecanismos envolvidos no TEA.
Esse entendimento abre caminho para pesquisas que buscam desenvolver novas estratégias terapêuticas, incluindo a investigação de moduladores do sistema endocanabinoide como potenciais recursos no manejo do transtorno.

Conclusão

A ciência ainda está em processo de esclarecer a relação entre o TEA e o sistema endocanabinoide, mas os avanços já apontam para um campo promissor. Investir em estudos nessa interface pode trazer terapêuticas inovadoras de tratamento, com foco em melhorar a qualidade de vida de pessoas com TEA e suas famílias.

Referência: Schultz S, Gould GG, Antonucci N, Brigida AL, Siniscalco D. Endocannabinoid System Dysregulation from Acetaminophen Use May Lead to Autism Spectrum Disorder: Could Cannabinoid Treatment Be Efficacious? Molecules. 2021

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Canabidiol reduziu ansiedade na primeira semana de uso, aponta estudo

A ansiedade é um dos sintomas mais recorrentes entre pacientes que buscam terapias com canabinoides. Nos últimos anos, o uso de produtos à base de CBD (Canabidiol) tem ganhado destaque, principalmente em quadros de ansiedade moderada a grave.

Um estudo piloto aberto recente avaliou os efeitos de uma solução sublingual de espectro completo, rica em CBD, em pacientes que apresentavam níveis significativos de ansiedade. O objetivo foi analisar não apenas os sintomas de ansiedade, mas também o impacto no humor, na qualidade do sono, na qualidade de vida, no desempenho cognitivo (funções executivas e memória), além da segurança e tolerabilidade do tratamento.

Resultados do estudo

Os resultados foram bastante promissores:

  • Redução significativa dos sintomas de ansiedade já na primeira semana de uso;
  • Melhora do humor, sono e qualidade de vida dos pacientes;
  • Desempenho cognitivo estável ou melhorado, sem prejuízos para memória ou funções executivas;
  • Boa tolerabilidade, com poucos efeitos colaterais leves e nenhum evento adverso grave relatado.

Esses achados sugerem que produtos full spectrum ricos em CBD podem representar uma abordagem terapêutica segura e eficaz para pacientes com ansiedade moderada a grave.

Limitações e próximos passos

Apesar dos resultados positivos, trata-se de um estudo piloto. Por isso, os próprios autores destacam a necessidade de pesquisas mais amplas, capazes de confirmar os achados, definir doses ideais, tempo de tratamento e aprofundar o entendimento sobre o perfil de segurança desses produtos.

Considerações finais

A medicina canabinoide segue avançando e trazendo novas possibilidades de cuidado em saúde mental. Embora ainda seja necessário ampliar as evidências científicas, estudos como este reforçam o potencial do CBD como um recurso valioso no manejo da ansiedade.

Referência científica:
Smith, R.T.; Dahlgren, M.K.; Sagar, K.A.; Kosereisoglu, D.; Gruber, S.A. Clinical and Cognitive Improvement Following Treatment with a Hemp-Derived, Full-Spectrum, High-Cannabidiol Product in Patients with Anxiety: An Open-Label Pilot Study. Biomedicines, 2025.

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Efeitos da Cannabis medicinal na redução da ideação suicida e sintomas depressivos

A ideação suicida (IS) é um fenômeno complexo que resulta da interação de múltiplos fatores: predisposição genética, alterações neuroquímicas, histórico de traumas, estresse crônico e transtornos psiquiátricos associados. Compreender esse cenário é fundamental para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas seguras e eficazes.

Nos últimos anos, a Cannabis medicinal vem sendo investigada como abordagem terapêutica de suporte no manejo de sintomas relacionados à depressão e ao risco suicida. Um estudo observacional recente trouxe novos insights sobre esse tema.

O estudo: Cannabis Medicinal e ideação suicida

A pesquisa acompanhou 3.781 indivíduos que buscaram produtos medicinais à base de Cannabis. Foram avaliados:

  • Humor deprimido e ideação suicida;
  • Informações sociodemográficas;
  • Autorrelatos de bem-estar.

No início do tratamento, uma parte significativa dos pacientes relatou ideação suicida. Esses indivíduos apresentavam também:

  • Níveis mais altos de depressão;
  • Pior qualidade do sono;
  • Percepção negativa da própria saúde;
  • Redução na qualidade de vida.

Resultados após uso da Cannabis medicinal

Após três meses de tratamento com fitocanabinoides, observou-se:

– Redução da prevalência de ideação suicida;
– Melhora nos sintomas depressivos;
– Impacto positivo no bem-estar geral.

O acompanhamento ao longo de 12 meses mostrou uma diminuição ainda mais expressiva nos sintomas depressivos, especialmente entre os pacientes que haviam relatado ideação suicida no início do estudo.

O que esses achados indicam?

O estudo reforça que sintomas depressivos é relativamente comum em pacientes que buscam Cannabis medicinal para o manejo de condições crônicas. No entanto, o uso de fitocanabinoides demonstrou potencial em reduzir tanto a prevalência quanto a intensidade de sintomas como a ideação, sugerindo um efeito terapêutico promissor em indivíduos com risco aumentado.

Considerações finais

Embora a ideação suicida seja um desafio clínico complexo, os resultados desse estudo apontam que a Cannabis medicinal pode desempenhar um papel relevante no cuidado de pacientes vulneráveis. Ainda assim, é essencial que o tratamento seja acompanhado por profissionais habilitados em prescrição canabinoide, garantindo segurança, monitoramento contínuo e suporte integral ao paciente.

Referência: Lynskey MT, Thurgur H, Athanasiou-Fragkouli A, Schlag AK, Nutt DJ. Suicidal Ideation in Medicinal Cannabis Patients: A 12-Month Prospective Study. Arch Suicide Res. 2025.

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Consumidores de Bebidas e Cerveja com Canabinoides: o que mostra a pesquisa nos Estados Unidos

O mercado de bebidas está em plena transformação. De um lado, cresce a procura por cervejas artesanais sem álcool. De outro, o avanço da Cannabis medicinal e recreativa abre espaço para novas possibilidades de consumo. Nesse cenário, surgem as bebidas sem álcool infusionadas com canabinoides, despertando curiosidade entre consumidores e interesse no setor empresarial.

Mas afinal, como os consumidores enxergam essa novidade?

O estudo sobre cervejas com canabinoides


Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos buscou avaliar a disposição dos consumidores em experimentar bebidas sem álcool contendo canabinoides. O estudo envolveu 1.094 consumidores de cerveja, que compararam atributos como:

  • Sabor
  • Segurança
  • Valor nutricional
  • Preço

As categorias comparadas incluíam a cerveja tradicional e as versões hipotéticas com Cannabis.

Principais resultados da pesquisa sobre Bebidas e Cerveja com Canabinoides


Os resultados chamam atenção:
Entre 53% e 56% dos entrevistados afirmaram que estariam dispostos a experimentar cervejas com canabinoides.
– A aceitação foi maior entre pessoas mais jovens, com familiaridade prévia com a Cannabis ou com hábitos de compra inovadores.
– Os consumidores atribuíram níveis semelhantes de segurança e valor nutricional às bebidas infusionadas em relação às cervejas tradicionais.
– A percepção de preço, no entanto, foi de que as bebidas com Cannabis seriam mais caras.

O que isso significa para o mercado?


Segundo os autores, esse estudo oferece insights estratégicos importantes para:

  • Fabricantes e empreendedores: entender a segmentação de consumidores e definir posicionamento de preço.
  • Comunicação em saúde pública: alinhar informações corretas sobre segurança e uso responsável.
  • Pesquisadores: ampliar os estudos sobre a relação entre o consumo de Cannabis e bebidas em diferentes contextos sociais e acadêmicos.

Em um setor em constante evolução, as percepções dos consumidores revelam oportunidades para inovação, mas também destacam a importância de pesquisas contínuas sobre comportamento e impacto no mercado.

Considerações finais


As bebidas infusionadas com Cannabis representam um mercado em potencial que une dois setores em expansão: o de cervejas artesanais não alcoólicas e o da Cannabis. A disposição de mais da metade dos consumidores em experimentar esse produto mostra que há espaço para inovação, mas também a necessidade de compreender melhor percepções, hábitos e expectativas do público.

📖 Referência: Staples, A. J. Beer drinker perceptions of cannabis-infused beverages. British Food Journal, 2025.

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Cannabis Medicinal e a Arquitetura do Sono

A qualidade do sono é fundamental para nossa saúde física, emocional e cognitiva. Mais do que apenas “dormir bem”, é importante que a arquitetura do sono — ou seja, a organização dos seus estágios — aconteça de forma equilibrada.

Quando essa arquitetura sofre alterações, como a redução do sono REM ou a fragmentação do sono não-REM, podem surgir prejuízos na memória, no metabolismo e até na regulação das emoções. É justamente nesse cenário que a Cannabis medicinal vem sendo estudada como uma abordagem terapêutica para pessoas que sofrem com insônia.

O que é a arquitetura do sono?

O sono é composto por diferentes estágios:

  • Sono não-REM, dividido em fases de leve a profundo.
  • Sono REM, caracterizado pelos sonhos vívidos e essencial para a consolidação da memória e o equilíbrio emocional.

Cada um desses estágios desempenha funções fisiológicas essenciais. Alterações nessa dinâmica podem comprometer o bem-estar e estão frequentemente presentes em quadros de insônia.

O papel dos canabinoides no sono

Dois dos compostos mais estudados da planta Cannabis são:

  • Tetraidrocanabinol (THC)
  • Canabidiol (CBD)

Pesquisas vêm demonstrando que eles podem atuar como moduladores do sono, influenciando a forma como o cérebro organiza seus estágios durante a noite.

Estudo recente: THC e CBD em pacientes com insônia

Um estudo avaliou os efeitos de uma dose oral contendo 10 mg de THC e 200 mg de CBD em pacientes com insônia. A análise foi feita por meio de eletroencefalograma (EEG) de alta densidade com 256 canais, permitindo uma investigação detalhada da macro e microarquitetura do sono.

Os resultados mostraram:
– Redução da atividade gama durante o estágio N2, sugerindo menor hiperatividade cerebral — uma característica comum em pessoas com insônia.
– Aumento das ondas alfa e beta durante o sono REM, indicando maior atividade cerebral nessa fase.
– Redução de cerca de 30 minutos no tempo total de sono REM.
– Diminuição leve do tempo total de sono (cerca de 20 minutos).
Aumento da latência para início do REM, ou seja, mais tempo para entrar nessa fase.

O estudo indica que o uso agudo de formulações com THC e CBD pode alterar a arquitetura do sono, em especial pela redução do sono REM. No entanto, não foram observados prejuízos clinicamente relevantes na cognição ou na performance diurna dos pacientes.

Ainda assim, é importante destacar que os efeitos a longo prazo dessas mudanças precisam ser mais bem compreendidos. A ciência segue investigando como a Cannabis medicinal pode ser usada de forma segura e eficaz no tratamento da insônia.

Considerações finais

A Cannabis medicinal abre novas possibilidades para pacientes que enfrentam dificuldades para dormir. Estudos como este reforçam a necessidade de mais pesquisas, mas também mostram o potencial dos canabinoides como aliados na busca por uma noite de sono mais saudável.

📖 Referência: doi.org/10.1111/jsr.70124

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Uso de Canabinoides na dor crônica

O uso da Cannabis medicinal vem sendo feito há milhares de anos como tratamento da dor, mas foi apenas em 1960 que os cientistas puderam verificar e classificar os componentes ativos da planta, dentre eles o canabidiol.

Com esses compostos, foi possível em 1990 identificar o Sistema Endocanabinoide, um sistema que age na modulação da dor, do apetite, no controle do movimento e na criação de memórias, dentre outros processos fisiológicos.

Estudos sobre o uso terapêutico da Cannabis

Através de inúmeros estudos sobre o uso terapêutico da Cannabis, constata se a relação positiva dos canabinoides para o tratamento de sintomas de pacientes com dores crônicas, mostrando boa tolerância, eficácia e menos efeitos colaterais do que outros medicamentos.

Isso porque o canabidiol (CBD), princípio ativo não alucinógeno da planta, apresentai propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e imunológicas, benéficas no tratamento de patologias crônicas.

A terapia canabinoide, usada em doenças como cefaleia, esclerose múltipla, dor neuropática, dentre outras, pode reduzir efeitos colaterais do uso de medicamentos opioides e anti-inflamatórios, sendo um tratamento seguro com eficácia observada em diversas pesquisas.

O uso de canabinoides

O controle do quadro de dores crônicas através do uso de canabinoides, leva a uma melhora na qualidade de vida tanto do paciente quanto de seus familiares e cuidadores. . .

Referências: Lair Geraldo Theodoro Ribeiro, Carolina Nocetti, Ana Gabriela Baptista. Uso de canabinoides como adjuvante no tratamento da dor crônica. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. Vol.28,n.3,pp.46-53 (Set – Nov 2019) .

© Copyright, todos os direitos reservados a Ana Gabriela Baptista – Imagem e conteúdo de autoria intelectual, não podendo ser copiladas. 2020.

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Doenças autoimunes e o uso de Cannabis medicinal

O sistema imunológico tem um papel fundamental em nosso corpo, pois é ele que combate, vírus e bactérias que podem causar doenças e infecções em nosso organismo.

A doença autoimune, ocorre quando há uma falha nesse mecanismo de defesa, que passa a atacar as células saudáveis do corpo erroneamente. Embora exista mais de 80 tipos de doenças autoimunes, muitas delas compartilham sintomas em comum.

Doenças autoimunes mais comuns

As doenças autoimunes mais comuns são: Diabetes tipo 1 (destruição das células do pâncreas), Esclerose múltipla (a defesa do corpo ataca as células que revestem os neurônios), Lúpus (o sistema imunológico vira contra órgãos e tecidos), Artrite reumatoide (ataque nos tecidos que revestem as articulações), Doença de Crohn (inflamação crônica do revestimento do trato gastrointestinal), Psoríase (se desenvolve quando os linfócitos atacam a pele) e Doença de Graves (tireoide produz hormônios em excesso, hipertireoidismo).

Geralmente, as doenças causadas pelo sistema imunológico, não tem cura, porém os sintomas podem ser controlados.

O potencial da Cannabis medicinal

A Cannabis medicinal tem se mostrado um excelente tratamento para controle dessas doenças, alguns estudos têm demonstrado que os canabinoides (encontrados na cannabis sativa) trabalham na regulação do sistema imunológico através da interação com o Sistema Endocanabinoide. Uma pesquisa demonstrou, a eficácia no controle da dor e da inflamação causada pela artrite reumatoide.

O mesmo controle dos sintomas também acontece com pacientes com esclerose múltipla que tiveram uma redução significativa da dor, espasmos e rigidez muscular associados a doença.

Referência: 1. Chris Lowry, Public Affairs Manager. British Society for Immunology. 2016. | 2. A. M. Malfait, R. Gallily, P. F. Sumariwalla, A. S. Malik, E. Andreakos, R. Mechoulam, and M. Feldmann. The nonpsychoactive cannabis constituent cannabidiol is an oral anti-arthritic therapeutic in murine collagen-induced arthritis. PNAS August 15, 2000 97 | 3. Kubajewska, I., and Constantinescu, C.S. (2010, August).

Cannabinoids and experimental models of multiple sclerosis. Immunobiology, 215(8), 647-57. |4. Syed, Y.Y., McKeage, K., and Scott, L.J. (2014, April). Delta-9-tetrahydrocannabinol-cannabidiol (Sativex): a review of its use in patients with moderate to severe spasticity due to multiple sclerosis. Drugs, 74(5), 563-78.

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Canabidiol (CBD)

A Cannabis sativa tem sido utilizada há séculos pela humanidade no tratamento de uma variedade de condições médicas. A planta possui propriedades farmacológicas, em que seus compostos canabinoides são capazes de modular receptores de potencial transitório (TPR) presentes no nosso sistema endocanabinoide. A cannabis é uma planta complexa, com poder de produzir mais de 480 entidades químicas que representam quase todas as classes biogenéticas.

O canabidiol (CBD), é um fitocanabinoide que constitui cerca de 40% da planta e não possui efeitos psicoativos, apresentando propriedades terapêuticas utilizadas em diversos tratamentos, sendo anti-inflamatório, antioxidante, anticonvulsivante, ansiolítico, além demonstrar atividades neuroprotetoras, antipsicóticas, antieméticas, analgésicas e antibióticas.

Algumas atividades biológicas dos canabinoides são reforçadas pela presença de metabolitos secundários na Cannabis, como nos casos de distúrbios do sono e ansiedade, devido a uma interação estreita entre canabinoides e terpenos, resultando em uma ação sinérgica. Os terpenos também podem interagir com receptores de neurotransmissores, contribuindo para efeitos analgésicos e psicóticos mediados pelos canabinoides.

Considerando os benefícios medicinais da planta, os extratos passaram a ser mais refinados em sua composição, resultando em medicamentos como o óleo de CBD, usado no tratamento de doenças como a esquizofrenia, ansiedade, epilepsia e distúrbios motores como a Doença de Parkinson, doença de Alzheimer, esclerose múltipla, dor neuropática, convulsão na infância e síndromes de Lennox-Gastaut e Dravet. São inúmeras as evidências científicas que comprovam os efeitos benéficos do CBD para a saúde e qualidade de vida.

Referência: Elanne Costa Glória. Biological properties and therapeutic applications of cannabidiol. Journal of Medicinal Plants Research. 2020

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